Franquia exclusiva - Parte 1

Tio DS.
Em algum dia durante nossa existência, alguém já quis que um jogo de Mario saísse para um console que não fosse da Nintendo. Ou um God of War no Xbox 360. Ou um Alan Wake no PC (espera, isso já tem). Jogos exclusivos sempre trazem vantagens convidativas para as empresas produtoras de consoles de jogos eletrônicos. Mas... se no caso de uma série de jogos que, de multiplataforma, passasse a ser exclusiva de uma plataforma? E se Sonic the Hedgehog, uma franquia atualmente multiplataforma, se tornasse exclusiva de algum dos consoles já existentes ou que virão a existir? Essas são as perguntas que o nosso tio DarkSonic irá debater nessa nova série de artigos. Confira o primeiro capítulo da novela clicando em Leia mais...


Sairei um pouco do âmbito propriamente de análise e especulação para avançar em questões polêmicas, mais especificamente em um quesito que balança o coração de muito gamers: identificação com um console. Quem, por exemplo, não conhece um Nintendista, que apóia e que é fã de jogos e consoles da Nintendo?

Além dos nintendistas, na atual guerra de consoles, o Playstation 3 conta com o suporte dos Sonystas e o Xbox 360 escalam os Caixistas em sua defesa. Calma, eu não vou entrar no debate de qual console é melhor. Posso parecer estar divagando, mas meu foco nos artigos ainda é o Sonic! Então, sem mais delongas, vou ir direto ao ponto – A pergunta é:
Seria melhor ao Sonic se tornar uma franquia exclusiva de algum console?
 Não quero entrar no mérito de qual console. Apenas se seria melhor ou não para o Sonic ser uma franquia exclusiva. Explico.

Devo essa reflexão ao Palas. Em uma discussão relativamente antiga no SZF, ele levantou esta questão. Argumentou que se o Sonic fosse uma franquia exclusiva de um console, as vendas melhorariam.
 
Parece ilógico. Como poderia uma franquia vender mais se fosse exclusiva, ou seja, mais restrita? Analisando por uma simples lógica estatística, quanto mais exposto fosse um jogo, maior a chance de ser adquirido, resultando na possibilidade de maior quantidade de vendas, não?

Ocorre que o mercado de games tem em sua variável a ação humana. Por conta disso, não é possível prever com exatidão ganhos ou resultados através de uma simples equação. Várias coisas podem influenciar no sucesso ou não de um determinado game. Não há uma equação que possa prever isso. Estudos, análises e estratégias até podem indicar um caminho, uma trilha favorável, uma tentativa de sucesso. Contudo, o resultado só vai ser descoberto após o produto estar na prateleira.

Não é à toa que desenvolvedoras costumam mudar ou modificar fórmulas. No artigo "A história do movimento classicista", através de uma breve análise histórica, procurei elucidar os contextos por que o Sonic passou em suas produções para evidenciar quando o movimento classicista surgiu, quando ganhou força e como tem ajudado na série.

O mercado de games não é uma constante. O perfil geral do gamer de hoje é diferente da década de 90. Além disso, o desenvolvimento de games, por se tratar de trabalho de arte, também presta por criatividade e aplicação de novas idéias. Contudo, não vou me estender mais em motivos que fazem os gamers serem variados e diversos, às vezes, até mesmo dentro de uma mesma franquia.

A tese do Sonic como franquia exclusiva está baseada na paixão dos consumidores fiéis a tal console/marca. Se Sonic fosse exclusivo para um determinado console, os fãs do hardware iriam valorizar e comprar os games do ouriço, justamente por ser exclusivo. Trata-se de uma simbiose entre seus títulos e o videogame em questão. A franquia iria se beneficiar do marketing do console e também da paixão dos consumidores fiéis do videogame. Podendo ambos os lados se beneficiar mutuamente.

A importância dos títulos exclusivos na estratégia de mercado de consoles é uma realidade presente. Há quem lamente, mas do ponto de vista das empresas dos consoles, trata-se de um diferencial que simplesmente não se dá para abrir mão.

Abaixo um vídeo demonstrativo da estratégia de títulos exclusivos sendo quebrada (avance para 1:35).

Naturalmente, não é qualquer franquia que teria força estratégica para ser exclusiva de um console. O Sonic, contudo, tem. Afinal, Sonic é o mascote da SEGA e é uma das franquias mais vendidas de todos os tempos.

Na parte 2 deste assunto, que não necessariamente pode ser o meu próximo artigo, tentarei trabalhar com os números das franquias exclusivas. Eu ainda nem sei no que vai dar. Por enquanto fica a tese apresentada.

E você? Acha que seria uma boa para o Sonic se tornar uma franquia exclusiva?

Se você tem uma opinião sólida e fundamentalizada sobre a questão, peço que entre em contato comigo pelo "darksonic @ soniczone . com . br", sem os espaços. Gostaria de fazer um teste para um novo projeto.

Um comentário:

  1. Conversei sobre o assunto pessoalmente com o DS, e concordo com a exclusividade em vários pontos.
    No caso do Sonic em específico, gostaria que fosse para a nintendo, pois a maioria do público da nintendo curte jogos platforms (que é o mesmo caso de sonic).
    A exclusividade é importante para mim analisando 2 pontos.
    -Propaganda
    -Ajuda de desenvolvedores

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