Quando se trata de Mario & Sonic, aparentemente, deve ser obrigatório haver duas versões análogas: uma em console e outra portátil. Mas, ironicamente, ao longo de sua produção, Mario & Sonic at the London 2012 Olympic Games fez melhor num console cuja tecnologia já estava saturada no mercado e mostrou fazer "menos pior" num portátil com tecnologia mais recente. A versão de Nintendo 3DS tem demo disponível no eShop e devo dizer: eu espera um pouco mais.
A demo contém apenas 5 esportes disponíveis, sem forma de selecionar; apenas jogando na ordem oferecida: tiro ao alvo, futebol, trampolim, natação e ciclismo. A demonstração funciona como um torneiro de pontos comum, onde você joga nas modalidades com os personagens pré-selecionados. Vou detalhar todos a seguir:
O primeiro foi o tiro ao alvo: chamado de 25m Rapid Fire Pistol, o jogador precisa usar o botão R para atirar nos cinco alvos que aparecem na tela. Os alvos vão aparecer em fileira e em cada round a velocidade que a tela se mexe para mostrar a fileira aumenta. A resposta do botão é boa e chega a ser difícil conseguir uma alta pontuação se você não for bem hábil para apertar R na hora certa.
Vamos para o futebol: chamado apenas de Football, apesar de não ser o jogo mesmo, tudo o que se faz na demo é treinar um chute à gol. Para isso, você segura o Circle Pad para baixo e gira para fazer a mira. Assim que a bola se aproxima de você, solte o Circle Pad. Dependendo do timing na hora de acertar a bola, a força do chute será maior. Bem simples.
Em seguida, experimentei o Trampoline. É exatamente o mesmo que conhecemos, só que com uma mudança no comando e na perspectiva: a camera está posicionada em cima do jogador e aparecerá um circulo azul na rede do trampolim. O jogador deve apertar A no momento em que o circulo se fechar para conseguir um maior impulso no salto e o Circle Pad para fazer as manobras do ar. O detalhe é que o jogador pode acabar indo para os lados, precisando controlar o movimento lateral com o Circle Pad.
No campo da natação, temos o 100m Breakstroke. É o único da demo à usar a Stylus para jogar. Você precisa mover a Stylus circularmente, como indicado na tela. O sentido varia, mas a velocidade aumentar de acordo com seus desenhos coerentes com os mostrados na tela.
Por fim, joguei uma partida de ciclismo, em BMX. Numa pista de rampas de areia, você precisa ganhar a corrida (jura?). Para isso, controle o movimento com o Circle Pad e pule as rampas com o botão A. No ar, mantenha a estabilidade da bicicleta usando o sensor de movimentos do 3DS, bastante deixar o portátil reto. Quão melhor for a aterrisagem, mais velocidade será ganhar.
Então... descritas as modalidades, vamos às impressões:
É logico que não posso julgar o título inteiro só por uma demo. Vale lembrar que ainda há dezenas de outras atividades no jogo completo. Mas devo dizer que a Sega não escolheu as melhores para colocar na demo.
O jogo de tiro é simples e inexpressivo diante da versão Wii. Consegue ser desafiador pela velocidade necessária para acertar os alvos, mas não passa disso. O jogo de chute a gol é o mais sem sal dos cinco oferecidos, passa despercebido por quem joga.
Já o trampolim é o único que realmente chama a atenção. A movimentação lateral inconsciente do personagem causa uma mudança na forma com o jogador reage quanto às manobras. De fato aquilo foi o que realmente me chamou atenção... no caso, a última coisa que o fez, pois o ciclismo tenta usar o motion sensor do portátil, mas desperdiçou a chance para fazer algo simplório.
Agora, o que mais me decepcionou foi o que deveria ter sido melhor usado, obrigatoriamente: o 3D. Sério, jogar com ou sem 3D ligado não faz a mínima diferença. A única possível mudança é apenas visual: aquela velha conversa da realidade aumentada. Isso já não impressiona mais no console, é o padrão dos jogos hoje. O problema foi a falta de uso dessa tecnologia para criar uma experiencia envolvente. Jogos como Super Mario 3D Land, Mario Kart 7 e The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D souberam usar o 3D afetando a jogabilidade. Isso deveria ser algo importantíssimo, pois se limitar à realidade aumentada, além de já ser tabú dos jogos do portátil, não traz nada de especial. Por exemplo, no trampolim: em vez de usar um circulo para o jogador apertar na hora do salto, poderiam ter feito isso usando o 3D para a pessoa ter a noção de quando o personagem tocará na rede novamente. Isso é possível e seria mais interessante e imersivo. Foi uma oportunidade despediçada, de fato.
Fechando o post: a demo de Mario & Sonicat the London 2012 Olympic Games para Nintendo 3DS não causou uma boa primeira impressão.
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