"Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno Sol amarelo e esquecido.
Girando em torno deste sol, a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande ideia.
Este planeta tem - ou melhor, tinha - o seguinte problema: a maioria de seus habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso já que no geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes.
E assim o problema continuava sem solução. Muitas pessoas eram más, e a maioria delas era muito infeliz, mesmo as que tinham relógios digitais.[...]"
ADAMS, Douglas. Carlos Irineu da Costa, Paulo Fernando Henriques Brito.
O Guia do Mochileiro das Galáxias . Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
Normalmente quando você houve falar sobre o número 42, toalha, não entre em pânico, mal você consegue entender o porque as pessoas ficam discutindo sobre estes assuntos. Você fica mais perdido ainda quando se fala do Guia do Mochileiro das Galáxias, a fantástica enciclopédia publicada pelas grandes editoras de Ursa Menor. E é exatamente por isso que a Sonic Connection irá escrever essa pequena biografia sobre um dos maiores autores de ficção científica, que esta semana iria completar 61 anos de idade. A Sonic Connections os apresenta: Douglas Noël Adams, criador da série "O Mochileiro das Galáxias".
A SONIC CONNECTION ACONSELHA: LEIAM ESTE TÓPICO ENQUANTO ESCUTAM JORNEY OF THE SORCERER, DA BANDA "THE EAGLES". A CLÁSSICA MÚSICA TEMA DA TRILOGIA DE 5 PARTES DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS.
Douglas Noël Adams foi um escritor e humorista britânico, nascido na cidade de Cambridge em 1952, muito conhecido pelo seu Opus Magnum "O Mochileiro das Galáxias", surgido de um programa de rádio que o autor produzia nos anos 70 e que era muito popular graças a seu humor nonsense e crítico. Viveu grande parte de sua vida com seus avós, pois seus pais haviam se divorciados durante sua infância. A casa de seus avós foi muito importante para definir quem ele foi em vida, pois era um refúgio de animais feridos da RSPCA (Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals), e Douglas quando cresceu se tornou um ativista ambiental, porém a vida nesta casa também foi responsável por intensificar sua febre dos fenos e a asma. Douglas se considerava um ateísta radical, por mais que seus livros demonstrassem o contrário. Também foi um fã de tecnologias como carros, computadores, entre outros apetrechos.
Como escritor, Douglas Adams não só escreveu livros, como também contribuiu com roteiros para diversos seriados daquela época. Com o grupo Monty Python, Douglas escreveu o filme Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, além de outras sketchs. Já a série Doctor Who, foram feitos 2 episódios (The Pirate Planet, City of Death, e Shada, mas o ultimo foi gravado parcialmente, sendo posteriormente cancelado). Existem scripts de um suposto filme de Doctor Who, que ficou conhecido como Doctor Who and the Krikkitmen, mas no ultimo momento o autor desistiu de enviar o script e renomeou ele para "A Vida, o Universo e Tudo Mais", o terceiro livro da saga "O Mochileiro das Galáxias".
Como escritor, Douglas Adams não só escreveu livros, como também contribuiu com roteiros para diversos seriados daquela época. Com o grupo Monty Python, Douglas escreveu o filme Monty Python em Busca do Cálice Sagrado, além de outras sketchs. Já a série Doctor Who, foram feitos 2 episódios (The Pirate Planet, City of Death, e Shada, mas o ultimo foi gravado parcialmente, sendo posteriormente cancelado). Existem scripts de um suposto filme de Doctor Who, que ficou conhecido como Doctor Who and the Krikkitmen, mas no ultimo momento o autor desistiu de enviar o script e renomeou ele para "A Vida, o Universo e Tudo Mais", o terceiro livro da saga "O Mochileiro das Galáxias".
O que fez o autor se tornar o centro das atenções não foi nenhum de seus trabalhos em outras séries, ou até mesmo como ativista, mas sim a "trilogia" de 5 livros que ficou conhecido como "O Mochileiro das Galáxias". A obra conta as aventuras do terráqueo Arthur Dent e seu melhor amigo, o betelgeusiano Ford Prefect, que após presenciarem a Terra sendo destruída para dar caminho a uma nova via de hiperespaço, decidem pegar carona na nave dos vogons e, após uma triste seção de poesia vogon, são jogados no espaço e salvos no ultimo minuto pela nave Coração de Ouro, que havia sido roubada pelo presidente da galáxia, Zaphod Beeblebrox. Sem lar e sem ideia do que fazer, Arthur decide que irá acompanhar seu estranho anfitrião e seus companheiros de viagem: a astrofísica Tricia Marie McMillan e o robô paranóico Marvin, numa viagem em busca da resposta para a "Vida, o Universo e Tudo Mais".
O guia nunca foi planejado para ser um livro, sendo que começou como um programa de rádio do canal BBC em parceria com o produtor Simon Brett. Mas o sucesso da série foi tão grande que decidiram produzir um seriado na TV, também no canal BBC, aonde englobaria os três primeiros livros da série. Foi somente posteriormente que Douglas Adams decidiu escrever os livros, motivado pelo sucesso da franquia e desmotivado pelo trabalho que isso daria. Sempre teve problemas com os prazos, mas sempre conseguiu entregar seus livros no ultimo minuto.
Com o lançamento do ultimo livro, também veio o arrependimento: todos os livros foram escritos baseados no humor do autor, porém "Praticamente Inofensivos" foi o que o autor menos gostou de escrever, pois nesta época o mesmo estava com raiva. Após lançar o livro, Douglas se sentiu arrependido de ter matado seus personagens no final da história, por isso começou a escrever um sexto livro para a série, que seria chamado "O Salmão da Dúvida", porém o autor faleceu antes de terminar o livro. Dessa forma, a história ficou incompleta.
A morte prematura do nosso ilustre autor foi algo que chocou tanto a família e amigos, quanto os fans, mas não significou o fim de tudo! Fans do mundo inteiro se reuniram nas ruas carregando suas toalhas, em uma singela homenagem ao autor, e dessa forma criaram "O Dia da Toalha". Já Hollywood também fez sua homenagem ao autor, quando o estúdio Touchstone Pictures lançou o filme "O Guia do Mochileiro das Galáxias", algo em que Douglas vinha trabalhando desde o dia em que lançou o primeiro livro da série. Já a BBC, produziu um programa de rádio para o livro "A Vida, o Universo e Tudo Mais", continuação do antigo programa de rádio que havia sido descontinuado.
E por ultimo temos Eoin Colfer, autor da série "Artemis Fowl", que também não ficou de fora, quando realizou o sonho do autor de dar um final feliz para os personagens no livro "E tem mais uma coisa...", diferente do que nos foi apresentado em "Praticamente Inofencivos". Eoin soube emular o humor de Douglas Adams, porém isso não foi o suficiente para igualar este livro com os anteriores em termos de qualidade, mas ainda sim é um bom livro e um bom final para todos os personagens... exceto para as vacas que no fim não foram comidas.
Para encerrar, o Google fez também uma homenagem ao autor semana passada com um Doodle interativo muito bacana. Uma forma de demonstrar que por mais que jamais voltaremos a ver Douglas Adams, ainda sim ele será lembrado por todas as gerações.
E por ultimo temos Eoin Colfer, autor da série "Artemis Fowl", que também não ficou de fora, quando realizou o sonho do autor de dar um final feliz para os personagens no livro "E tem mais uma coisa...", diferente do que nos foi apresentado em "Praticamente Inofencivos". Eoin soube emular o humor de Douglas Adams, porém isso não foi o suficiente para igualar este livro com os anteriores em termos de qualidade, mas ainda sim é um bom livro e um bom final para todos os personagens... exceto para as vacas que no fim não foram comidas.
Para encerrar, o Google fez também uma homenagem ao autor semana passada com um Doodle interativo muito bacana. Uma forma de demonstrar que por mais que jamais voltaremos a ver Douglas Adams, ainda sim ele será lembrado por todas as gerações.
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