Considerações sobre o caso "Assassin's Creed"

Garoto mata os pais e depois se suicida. Tinha no Facebook a foto de Ezio, assassino do jogo Assassin's Creed. Resultado: retorno da discussão sobre videogames violentos.

Escrevi inicialmente em meu Facebook, mas como é um assunto que repercutiu, trago minhas considerações para o blog da Sonic Connection.

 - Videogames influenciam. Assim como TV, filmes, livros, jornais, revistas, músicas, enfim, qualquer artigo de cultura popular. Não é à toa que Gramsci e pensadores da Escola de Frankfurt viam que a conquista da hegemonia para aquisição de poderes políticas deveria ser obtida através destes meios.

 - A influência não é um mal, pois podemos ter influência boas e ruins. Cabe as pessoas aproveitarem as boas influências e aprender com as ruins, por exemplo, no erro alheio.

 - A responsabilidade da educação de alguém é e deve continuar sendo dos pais. Pais que não educam seus filhos deixam eles indefesos quanto as más influências. A sociedade atual não dá muito valor à formação ou para a responsabilidade que se tem ao formar uma família, mas sendo o núcleo do desenvolvimento das pessoas, uma família forte resulta em uma sociedade forte.

 - É uma das características da pós-modernidade a transferência da culpa. Estamos em uma sociedade mimada que quer direitos sem deveres. São pessoas que usam do vitimismo e da transferência de culpa como métodos para fugir das responsabilidades.

 - Não tem meio termo. A liberdade tem que carregar consigo as responsabilidades. Se alguém comete um crime, a culpa é de quem praticou e/ou planejou.

 - Culpar vítimas e/ou coisas abstratas como a sociedade, videogames, filmes, etc. é uma das maiores picaretagens que alguém deve propor.

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