TOP #2 - Os Melhores Animes de 2012


Em meados de fevereiro, depois que todos já falaram quais foram seus melhores, é que nós da Sonic Connection criamos coragem e começamos a escrever sobre o nosso Top dos melhores de 2012. Diferente dos outros tópicos, não faremos uma análise geral citando somente o que concordamos que são realmente bons, e sim cada um dos editores irá citar qual foi o seu melhor anime do ano passado em sua opinião e o porque. Vamos aos candidatos!

Fate/Zero reforça o porque acho o Gen Urobuchi um dos melhores escritores do Japão. O autor consegue transformar simples diálogos em momentos épicos que fazem você vibrar e querer que a série nunca acabe. O autor também consegue sempre criar personagens interessantes, a ponto de você querer torcer para o vilão se dar bem. Que atire a primeira pedra aquele que não se revoltou com o Ryuunosuke Uryuu, e ao mesmo tempo não achou incrível a relação do personagem com seu servo, o Caster. As músicas do anime também não são de deixar a desejar, com momentos épicos como o encerramento Manten, produzido pela Kalafina como encerramento dos dois episódios que contam a história do Kiritsugu Emiya. Pena que esta série recebeu pouca atenção das pessoas por conta de ser uma história "parada", como muitos afirmam.

Depois da pisada no pé com Nisemonogatari, também do ano passado, o estúdio SHAFT nos traz essa maravilha de animação. Posso ser suspeito de criticar o animê, por estar fã da série de NisiOisiN, mas Nekomonogatari: Kuro conseguiu atender minhas expectativas  Apesar de serem apenas quatro episódios, Neko conseguiu adaptar bem a light novel com até mais objetividade e contendo todas as principais características que fazem da série um grande sucesso, mesmo com as já famosas provocações sexuais, e mostrou de forma envolvente o conflito de Araragi e Hanekawa (ou Black Hanekawa, para os mais íntimos). Além da animação continuar mantendo seu padrão de qualidade, a SHAFT me fez ter ainda mais expectativas quanto à próxima temporada. Valeu só pelo Oshino!

Se existe uma coisa que eu goste é de histórias com grandes cargas filosóficas, que façam você refletir sobre algumas de suas ações. Jinrui wa Suitai Shimashita é justamente este tipo de história, que questiona alguns dos hábitos dos seres humanos, que são uma raça alto-destrutiva, porém neste seriado quem são os verdadeiros monstros são as fadas com seus sorrisos forçados e seus comentários depressivos. Mas, por mais que tenhamos aquela cena do pão suicida, que talvez até possa ser considerada uma sátira ao livro O Restaurante no Fim do Universo, Jinrui não é algo mais voltado a violência, como foi Neon Genesis Evangelion, e nem de longe depressivo. A série vem com diversas piadas inteligentes, grande parte nos presenteadas por conta dos comentários das fadas. Sua maneira de tratar os assuntos pode ser comparada com Sayonara Zetsubou Sensei: sátiras ao cotidiano e humor negro. Uma série que deve ser degustado lentamente, e não numa tacada só como muitos fazem.

Sabe aqueles animes que, à primeira vista, você não dá a mínima mas, quando começa a ver, percebe que lá esconde um animê muito divertido? Magi: The Labyrinth of Magic foi a maior surpresa para mim, tanto como em animação como em roteiro. Eu não conhecia o mangá, mas fiquei fascinado logo no primeiro episódio. Magi diverte com muito carisma, principalmente vindo do protagonista, Alladin, que apesar de retratado como criança na história, conseguiu ser muito cativante. O mundo de Magi me interessou ainda mais pois provou apenas no primeiro arco que tem muito potencial e que sabe explorar o tema das Mil e Uma Noite, chegando em um universo digno de ser apreciado por qualquer fã de animê e mangá. Eu vou procurar mais sobre o mangá e continuarei seguindo o anime. Mereceu cada palavra: cativante e divertido!

SONECA
Uchuu Kyoudai é justamente o tipo de anime que eu buscava: realista. Quando vou ler uma história não ligo para o fato de ela ser viajada e nos tirar completamente o foco de nossas vidas. Eu busco algo que acrescente no meu dia-a-dia, e Uchuu Kyoudai é justamente este tipo de mangá. Com um roteiro simples, e personagens cativantes, o autor nos conta o sofrimento das pessoas que lutam para realizar seus sonhos, sem jamais desistir deles. Os personagens não tem hábitos estranhos, ou com personalidades estranhas, mas sim características, hábitos e personalidades que fariam eles facilmente passarem por pessoas reais. Isso que torna Uchuu Kyoudai tão fantástico: ali poderia ser a minha história, sua história, a história de qualquer pessoa. Aquilo que acontece na série pode muito bem acontecer na vida real. Mas o maior crédito vai para o arco do exame, que mostrou justamente o que ninguém esperava: testes reais de aptidão e sobrevivência, aonde uma pessoa não irá morrer no meio do caminho como acontece muito nos shonens atuais (Naruto e Hunter X Hunter são bons exemplos).

ORICHALCUM
E lá está a premissa: dois irmãos que buscam se tornar astronautas. Um seinen que, em minha opinião, consegue chutar a bunda de muitos animês populares por aí. Uchuu Kyoudai alcançou para mim o status de obrigação para qualquer otaku assistir: um anime que dá gosto de ver e de simpatizar com alguns dos personagens. Com um roteiro simplista, ele me conquistou justamente pelo realismo proporcionado pelos seus personagens e ver o Mutta, o protagonista com cabelo blackpower, evoluir como personagem foi muito gratificante (sensação rara nos animês de hoje em dia). Quando eu comecei a assistir, eu estava uns 15 episódios atrasado da exibição no Japão, mas o animê me prendeu de um jeito fenomenal que acabei assistindo todos, terminando cada episódio com uma ânsia tremenda de ver o que acontece depois. Cada segundo com Uchuu Kyoudai foi aproveitado. E vou continuar seguindo Mutta em sua jornada como aspirante à astronauta.

Vamos ser francos: por mais que Hellsing não seja dessa temporada, ainda sim seu ultimo OVA foi lançado no final de 2012 (e que OVA), dessa forma sendo contabilizado como um dos melhores animes de 2012 que eu tive o prazer de assistir. Ver o Alucard se mostrando o quanto ele é o protagonista mais apelão da história, e ver ele humilhando seus inimigos das diversas formas possíveis foi muito bom, porém Hellsing não vive somente disto. A história mostra o conflito entre os seres humanos e os monstros, algo comum nos livros, porém neste tipo de história sempre teremos um monstro bom que poderá derrotar outro monstro e assim salvar a vida de todos. Aqui não temos isso: Alucard é um monstro, e como o próprio diz, um monstro só pode ser destruído por um humano. Ele não é um protagonista benevolente, muito menos busca redenção de seus pecados, mas sim alguém que está nem aí com nada e faz o que bem entender na hora que entender. Este tipo de personagem só funcionaria com os personagens secundários corretos, e novamente o autor nos entrega ótimos que vivem e morrem de forma gloriosa. Mas o real motivo de Hellsing estar nesta lista é justamente por nos apresentar o melhor vilão de toda a história: O Major, que seu maior sonho é participar de uma guerra. Que vilão iria tão longe somente por um motivo besta que nem esse?

Agora, você se pergunta: numa lista com esquisitices, magos, psicopatas e astronautas, o que um slice of life estaria fazendo na lista de melhores do ano? Sim, caros amigos. Eu gostei pra caralho de Hyouka. Slice of life, quando bom, pega muito o meu interesse. Hyouka é um animê que superou minhas espectativas: no começo, eu não dava nada por ele, mas no fim, provou ser uma produção e adaptação competente e divertida. Vemos o protagonista Houtarou resolvendo mistérios simples, mas com o passar do tempo, foram ficando mais interessantes e que me fizeram ficar amarrado ao animê até o fim. A KyoAni é bem mista em termos de animê que curto (K-ON por menos, Clannad por mais), mas a animação de Hyouka valeu totalmente a pena: uma excelente história de detetives unindo coerência e profundidade em pequenos detalhes. Me conquistou e me prendeu até o último momento.

Para ficar em primeiro lugar na minha lista não precisa somente ter uma história incrível, ainda tem que ultrapassar todas as dificuldades impostas em sua produção, e sair como um vitorioso. É produzir uma série maravilhosa com um baixo orçamento, mesmo que seja uma adaptação, pois dinheiro não quer dizer qualidade! E é justamente por conta disto que irei dar o primeiro lugar para Jojo´s Bizarre Adventure, com um roteiro um tanto clichê, mas um clichê bem feito. Esta foi uma série que teve dificuldades para receber sua adaptação, já que o mangá foi lançado em 1987 e até hoje tudo que tivemos foi alguns OVAs. O que me encantou com essa série infinita criada por Hirohiko Araki é que você não precisa ler desde a primeira edição para entender a história, pois todos os arcos são isolados. Não existe uma continuação da aventura de Jonathan Joestar após o fim do arco Phantom Blood, e o mesmo vale para Jotaro Kujo após o fim de Stardust Crusader. A arte para muitos pode ser considerada estranha, mas para mim simplesmente reflete o que sempre venho afirmando: toda série mal desenhada, ou com arte considerada estranha, contém as melhores histórias já produzidas.

Ah, como eu amo esse tipo de história. Que faça você ficar com a pulga  atrás da orelha. Que motive você a pensar no que se passa. É amigos, Gen Urobuchi em vossas faces! Psycho-Pass é um banho de ficção científica com construções de roteiro muito inteligentes. Num mundo onde se pode calcular as possibilidade de alguém cometer um crime, muitas questões são levantadas e é nesse ponto onde o animê realmente brilha. O estilo da arte combinou como uma luva para a animação, unindo não só o útil ao agradável, como também casou perfeitamente o cenário profundo e, por vezes, opressor do animê com os belíssimos traços da Amano. O anime me levou à reflexão sobre diversos pontos de vista, como o fato de dar o poder do julgamento se embasando principalmente em estatísticas. É um animê que aborda e crítica o próprio tema e faz você querer raciocinar em vez de apenas ser um espectador. Psycho-Pass pode não ter atingido as proporções que Madoka Magica alcançou, mas o mérito desse animê é tamanho que o sr. Urobuchi merece uma grande salva de palmas.


Conclusão do Soneca: Não vou mentir: a escolha de meu TOP foi fácil devido a pouca quantidade de animações decentes que recebemos ano passado, o que não significa que necessariamente a quantidade foi pouca. Para mim foi difícil me despedir de séries como Hellsing Ultimate e Fate/Zero, mas sei apreciar a importância do final de uma história. Sei também que quando uma série se encerra de forma majestosa, com certeza ensinou muito a seus respectivos autores, ajudando eles a crescer profissionalmente. Também sei apreciar uma boa história cujo futuro é incerto, como Uchuu Kyoudai, que nos faz vibrar de alegria e aguardar ansiosamente a cada semana para saber mais da aventura dos personagens. Mas principalmente: foi graças aos sucessos e fracassos da indústria de 2012 que este ano ela poderá encarar o público e mostrar que aprendeu com seus erros nos apresentando animações fantásticas...ou pelo menos deveria tentar, pois até agora os anúncios estão desesperadores!

Conclusão do Orichalcum: Sendo sincero, foi difícil montar esse. Eu não sabia de cara qual colocar em ordem. Um exemplo era Hyouka, que por muito tempo, estav no topo da minha lista. Mas de forma resumida, mesmo tendo me divertido em uns mais que os outros, todos os animês citados aqui são bons e valem o seu tempo para assistir (Nekomonogatari principalmente, um OVA de 4 episódios, passa rapidinho). Detalhe que Magi, Psycho-Pass e Uchuu Kyoudai ainda não encerraram e pode ser que eu me arreependa de colocar na lista, não sei... Mas pelo que eu já vi, são animês muito bem feitos e, em alguns casos, muito bem adaptados. Sorte que não fiquei sem um animê que trabalha o psicológico dos personagens, como é o caso de Hyouka e Psycho-Pass. E não, Uchuu Kyoudai em terceiro é só mera coincidência. XD

E assim se encerra o tão esperado TOP #2 - OS MELHORES ANIMES DE 2012. Até o próximo post!

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