No começo era somente uma desculpa para se criar um hentai, já que tudo hoje em dia vira hentai. Por que não fazer o Rei Arthur virar uma garota e colocar ela num universo enorme que só existe para entreter os otakus? Infelizmente, a idéia, que até a princípio era essa, acabou se tornando uma das maiores franquias da Type-Moon, tendo uma light novel que conta o prelúdio da história, e uma continuação. Não sabem ainda que anime vou falar? Se não sabem, é melhor se tratarem, pois eu falei no título dessa análise o nome. Dou as boas vindas, ou seria ás más vindas, ao universo de Fate/Stay Night.
Estamos finalmente na 5º guerra pelo santo graal, um objeto mágico que escolhe, dentro dos 7 magos que estão competindo, um que terá a chance de desejar o que quiser. Dentro dessa competição, os magos contam com heróis, ou vilões, históricos, chamados servos, que voltaram a vida por meio de um contrato. Para derrotar um mago, não é necessário matar ele. Desde que seu servo seja derrotado, o mago é derrotado, e passa a estar sob a proteção da igreja. Caso o mago seja derrotado, o servo pode ainda formar um contrato com outro mago, assim retornando a guerra. Para manter os servos sob controle, os magos contam com 3 selos, que, a cada uso, obrigam o servo a fazer o que eles quiserem.
Shirou Emiya era um estudante normal, o único sobrevivente de um incêndio que destruiu uma cidade inteira, mas milagrosamente foi salvo pelo seu falecido pai adotivo, Kiritsugu Emiya. Certo dia, enquanto arrumava a escola em que estuda, acabou presenciando a luta entre dois servos. Um dos servos, o Lancer, acabou matando Shirou por ter presenciado a luta, mas foi ressucitado depois por Rin Tohsaka, uma colega de sua sala que acaba se revelando, mais tarde, um dos magos que buscam o Cálice Sagrado. Quando despertou, Shirou resolveu acreditar que tudo não passava de um sonho, por isso voltou para casa, mas ao chegar lá foi novamente atacado pelo Lancer.
No meio de uma luta desesperada para se salvar, Shirou acaba invocando, acidentalmente, uma garota vestindo uma armadura, que consegue expulsar o Lancer. Depois de várias explicações, Shirou percebe que agora é o 7º competidor da 5º Guerra Pelo Santo Graal, e que a garota que havia salvado sua vida, agora iria lutar pelo cálice sagrado. Agora começa a aventura de Shirou e Saber, e a busca de ambos por uma maneira de acabar com a guerra, antes que mais pessoas se tornem vítimas.
Quando eu comecei a ver o anime, eu pensei que iria ver mais um daqueles animes ecchi idiotas. Mas me enganei: o anime conseguiu fugir completamente do ecchi para nos colocar num universo de ação. O plano de fundo da história foi bem construído, apesar de ser estranho o choque de um mundo de magos com um mundo aonde pessoas vivem de tecnologia.
Apesar do velho clichê de uma guerra aonde ninguém jamais ficou sabendo, exceto os envolvidos, conseguiu prosseguir de uma maneira agradável, sem parecer forçado. Também não reclamei com o uso de crianças e adolescentes nessa guerra, ideia que é usada em 90% das histórias japonesas e sem nenhuma justificativa do porque tem que ser uma criança.
Outra coisa interessante de Fate/Stay Night é os servos, que nada mais é do que heróis de histórias conhecidas, ou pessoas famosas que mudaram o mundo. Se lembram do conto do Rei Arthur? Já ouviram falar sobre Hércules? Eles estão presentes na história, junto com outros heróis e vilões que você talvez jamais fosse ouvir. Não precisa ser um herói para ser um servo, somente precisa ter a vontade de conseguir o cálice sagrado.
Mas tudo tem ponto fraco, e os de Fate/Stay Night não são poucos. Começando com o humor da série, que é nada mais do que o famoso humor ridículo de anime, de personagens gritando feito loucos por coisas banais, ou fazendo caretas ridículas, e até se machucando de forma estúpida. Se não bastasse, as cenas que eram para serem tristes e chocantes deixam de ser somente por ser um clichê extremamente gasto. Se você está acostumado a ver animes, cenas como a morte do Shinji serão coisas triviais.
A falta de clímax na série é outro de seus problemas, pois em nenhum momento você se vê ancioso pelo próximo episódio. A causa disso é, em parte, pelo descaso do Estúdio DEEN em dar informações para os fans. Talvez você nunca fique sabendo que o Archer é na realidade o Shirou do futuro, e simplesmente passa a julgar as habilidades do Shirou como uma simples coincidência.
Outro problema foi na questão do mistério do anime: ao invés de se preocupar com um mistério que um telespectador conseguisse resolver, preferiram fazer algo que quase todo anime usa: um mistério que somente o próprio autor conseguiria resolver. Até determinado momento, os acidentes que fizeram diversas pessoas desmaiarem era possível de se resolver, mas a questão era "quem estaria causando eles?". Com o descaso do estúdio DEEN em dar informações, acabamos só descobrindo quando os personagens já resolveram enigma.
E por ultimo, o problema que matou a história inteira: o desenvolvimento. Até certo momento estava interessante a história, mas o desenvolvimento dos personagens parecia que estava parado no tempo. Quando resolveram tratar os personagens, eles acabaram se enrolando na própria história e aí tivemos direito a todos os clichês de animes românticos, enquanto a Type-Moon fazia o favor de esquecer a Guerra do Santo Graal.
Shirou Emiya era um estudante normal, o único sobrevivente de um incêndio que destruiu uma cidade inteira, mas milagrosamente foi salvo pelo seu falecido pai adotivo, Kiritsugu Emiya. Certo dia, enquanto arrumava a escola em que estuda, acabou presenciando a luta entre dois servos. Um dos servos, o Lancer, acabou matando Shirou por ter presenciado a luta, mas foi ressucitado depois por Rin Tohsaka, uma colega de sua sala que acaba se revelando, mais tarde, um dos magos que buscam o Cálice Sagrado. Quando despertou, Shirou resolveu acreditar que tudo não passava de um sonho, por isso voltou para casa, mas ao chegar lá foi novamente atacado pelo Lancer.
No meio de uma luta desesperada para se salvar, Shirou acaba invocando, acidentalmente, uma garota vestindo uma armadura, que consegue expulsar o Lancer. Depois de várias explicações, Shirou percebe que agora é o 7º competidor da 5º Guerra Pelo Santo Graal, e que a garota que havia salvado sua vida, agora iria lutar pelo cálice sagrado. Agora começa a aventura de Shirou e Saber, e a busca de ambos por uma maneira de acabar com a guerra, antes que mais pessoas se tornem vítimas.
Quando eu comecei a ver o anime, eu pensei que iria ver mais um daqueles animes ecchi idiotas. Mas me enganei: o anime conseguiu fugir completamente do ecchi para nos colocar num universo de ação. O plano de fundo da história foi bem construído, apesar de ser estranho o choque de um mundo de magos com um mundo aonde pessoas vivem de tecnologia.
Apesar do velho clichê de uma guerra aonde ninguém jamais ficou sabendo, exceto os envolvidos, conseguiu prosseguir de uma maneira agradável, sem parecer forçado. Também não reclamei com o uso de crianças e adolescentes nessa guerra, ideia que é usada em 90% das histórias japonesas e sem nenhuma justificativa do porque tem que ser uma criança.
Outra coisa interessante de Fate/Stay Night é os servos, que nada mais é do que heróis de histórias conhecidas, ou pessoas famosas que mudaram o mundo. Se lembram do conto do Rei Arthur? Já ouviram falar sobre Hércules? Eles estão presentes na história, junto com outros heróis e vilões que você talvez jamais fosse ouvir. Não precisa ser um herói para ser um servo, somente precisa ter a vontade de conseguir o cálice sagrado.
Mas tudo tem ponto fraco, e os de Fate/Stay Night não são poucos. Começando com o humor da série, que é nada mais do que o famoso humor ridículo de anime, de personagens gritando feito loucos por coisas banais, ou fazendo caretas ridículas, e até se machucando de forma estúpida. Se não bastasse, as cenas que eram para serem tristes e chocantes deixam de ser somente por ser um clichê extremamente gasto. Se você está acostumado a ver animes, cenas como a morte do Shinji serão coisas triviais.
A falta de clímax na série é outro de seus problemas, pois em nenhum momento você se vê ancioso pelo próximo episódio. A causa disso é, em parte, pelo descaso do Estúdio DEEN em dar informações para os fans. Talvez você nunca fique sabendo que o Archer é na realidade o Shirou do futuro, e simplesmente passa a julgar as habilidades do Shirou como uma simples coincidência.
Outro problema foi na questão do mistério do anime: ao invés de se preocupar com um mistério que um telespectador conseguisse resolver, preferiram fazer algo que quase todo anime usa: um mistério que somente o próprio autor conseguiria resolver. Até determinado momento, os acidentes que fizeram diversas pessoas desmaiarem era possível de se resolver, mas a questão era "quem estaria causando eles?". Com o descaso do estúdio DEEN em dar informações, acabamos só descobrindo quando os personagens já resolveram enigma.
E por ultimo, o problema que matou a história inteira: o desenvolvimento. Até certo momento estava interessante a história, mas o desenvolvimento dos personagens parecia que estava parado no tempo. Quando resolveram tratar os personagens, eles acabaram se enrolando na própria história e aí tivemos direito a todos os clichês de animes românticos, enquanto a Type-Moon fazia o favor de esquecer a Guerra do Santo Graal.
A soundtrack poderia ter sido melhor
Sem dúvidas o trabalho mais porco do estúdio DEEN foi as músicas de Fate/Stay Night. Elas são tão anti-climáticas, sem emoção, tediantes e chatas que eu ficava me perguntando que fim deu nesse estúdio para fazer isso. Se vocês viram Hetalia: Axis Powers, poderão ver que o estúdio tem potencial para fazer boas músicas, mas preferiu não utilizar esse potencial em Fate/Stay Night. Não sei se o motivo disso foi porque acreditavam que venderia bem por causa do nome, ou foi descaso mesmo.
As aberturas e encerramentos de Fate/Stay Night também são ruins, ao contrário do recente Fate/Zero que estão magníficas. Acredito que o único destaque vai para a segunda abertura do anime, e olha que essa foi meia-boca.
Se isso fosse um trabalho de artes, o estúdio DEEN passaria raspando de ano, e a Type-Moon seria reprovada. O caracter design foi sem dúvidas a área mais afetada, algo que felizmente não é culpa da DEEN. A Type-Moon precisa aprender que os personagens principais devem se destacar, mas Shirou parece um personagem de background. Suas roupas e seu cabelo não conseguem chamar a devida atenção que um personagem principal deve ter. Quanto ao design dos outros personagens podem até ser chamativos, mas são muito feios, como por exemplo o Archer e o Berserker. O único destaque vai para a Saber quando está usando a armadura, que ficou bacana.
A paisagem também não é lá essas coisas, já que o terreno é basicamente casa-escola. Seria algo interessante para a série que fizessem algo mais variável, talvez eles indo para outras cidades. Isso faria a história desenvolver de uma maneira mais saudável. Mesmo com o cenário limitado, Fate/Stay Night ainda consegue nos mostrar alguns pontos bonitos, como o parque do episódio da luta da Saber contra a Rider. Mas são locais reduzidos, e os mais utilizados ficam com um design genérico, como a escola, cenário monotonamente utilizado nos animes.
A paisagem também não é lá essas coisas, já que o terreno é basicamente casa-escola. Seria algo interessante para a série que fizessem algo mais variável, talvez eles indo para outras cidades. Isso faria a história desenvolver de uma maneira mais saudável. Mesmo com o cenário limitado, Fate/Stay Night ainda consegue nos mostrar alguns pontos bonitos, como o parque do episódio da luta da Saber contra a Rider. Mas são locais reduzidos, e os mais utilizados ficam com um design genérico, como a escola, cenário monotonamente utilizado nos animes.
Uma série de personagens genéricos
Sejamos sinceros: os personagens de Fate/Stay Night são genéricos com suas personalidades e objetivos. Temos o Shirou, que sonha em ser um protetor da justiça, e que tem o problema de ser super protetor com garotas. Se fosse bem trabalhado o Shirou, poderíamos até ignorar o fato dele ser um personagem visualmente escroto. Infelizmente ele consegue ser o personagem mais irritante do anime, sempre querendo que a Saber não lute, mesmo que ela seja a única capaz de lutar contra os servos. Graças essa personalidade, o Shirou consegue deixar até os outros personagens irritantes quando falam com ele. Sem contar sua incapacidade de lutar, o que transforma ele num peso morto para a série.
Não para por aí, temos o Archer que se faz de fodão, mesmo sendo um bosta que perdeu na primeira luta da Guerra do Santo Graal. Illyasviel é a incarnação de todo o clichê de criança boazinha que na realidade é tão maligna quanto o Chuck. Hércules é desprovido de emoção, personalidade e carisma, diferente do seu predecessor, o Black Knight, de Fate/Zero.
Esses são só alguns exemplos de como Fate/Stay Night não soube trabalhar com personagens. Mesmo assim temos algumas personalidades interessantes, tipo a Rin, que em determinados momentos chega a ser uma boa personagem, e a Saber, que, quando não está falando com o Shirou, consegue nos entreter com suas falas. Também temos uma personagem, cuja a existência só existe para o humor, nesse caso a Taiga, que também é desprovida de qualquer carisma, e de habilidades de comediante.
A idéia da Type-Moon foi algo bem bolado, isso eu não posso negar. Foi uma ideia brilhante, algo que nem todos os roteiristas conseguem fazer, e aqueles que conseguem, são poucos os que são capazes de utilizar todo o potencial da história. Infelizmente a Type-Moon e o Estúdio DEEN estão dentro daqueles que não sabem utilizar o potencial da história. Talvez se tivesse sido feito por outro estúdio, o anime teria vingado, mas infelizmente esse não foi o caso. Agora tudo que podemos fazer é torcer que a Type-Moon tenha aprendido a lição quando resolveu se unir ao estúdio Ufotable na criação de Fate/Zero. Tudo indica que eles realmente aprenderam a lição, tanto que contrataram o Gen Urobuchi para produzir a Light Novel.
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